OBarrete

Porque A Arte Somos Nós

Este conto é precedido pela história “Ativismo Feminista

Andreia sempre foi de personalidade forte. Forte demais. Impossível discutir com ela sem levar desvantagem. Bem, pelo menos foi assim até o falecimento da mãe. Foi aí que a coisa mudou de rumo. Filha de Cecília, seus dilemas existenciais percorreram desde a mais tenra idade até a fase adulta. Andreia era briguenta, o marido e o filho não aguentavam a relação. Para o marido, foi fácil: divórcio litigioso. Para o filho, a saída foi o estrangeiro. Num intercâmbio, foi para Quebec. Gostou tanto do Canadá que acabou ficando. De repente, Andreia se viu retornando à relação mais forte e direta com a mãe. Como era impossível domar o seu estado de espírito, brigava com a mãe.

Implicava com Cecília por causa de tudo: por conta do valor do plano de saúde que não cobria lá muitos procedimentos; brigava com o facto de Cecília enviar ao exterior uma mesada para o neto (seu filho); brigava com as empregadas da casa; reclamava disso, reclamava daquilo e, para não perder o sentido existencial, reclamava mais. Era custoso dizer, mas era uma pessoa intratável. Brigava com a síndica do prédio da mãe e, para variar, com o síndico do prédio onde morava. Queria as despesas todas discriminadas. Exigia saber os detalhes de ambos os prédios e, com toda a paciência do mundo, Cecília chutou o balde e mandou a filha procurar um macho para trepar. Foi a deixa para um rompimento sofrível. Dona Cecília sabia que estava fazendo o certo; amava a filha, mas tinha que dar a ela a oportunidade de se preocupar com novos problemas, ter uma rotina que fosse própria e que não fosse dependente dela, do ex-marido e do filho.

Andreia afundou-se em Prozac, Lexotan e outros. O motor que a movia era uma raiva incontrolável do mundo e a decepção com a atitude da mãe, que a expulsara, verdadeiramente. Buscou auxílio em livros de auto-ajuda, nada que ultrapassasse a equação “Quando você deseja verdadeiramente algo, todo o Universo conspira a seu favor” e seguindo essa fórmula, desejava apenas ser uma pessoa que não sofresse tanta decepção, principalmente por parte das pessoas que amava. Aos poucos, foi arrefecendo a sua ira, isolou-se do mundo e das coisas e, quando deu por si, estava deprimida e cansada. Psicólogo não bastava. A coisa fluiu para psiquiatra e a dependência foi atroz. Refugiou-se numa clínica picareta de um psiquiatra que também era pastor de uma igreja evangélica e, quando viu, abraçou a religião com unhas e dentes. Ansiosa, doou um terreno para o pastor psiquiatra e estava nesse pé quando foi informada da internação da mãe. Partiu para o hospital e percebeu que a mãe estava desenganada. Desesperada, abraçou-a com tanta força que desejaria restituir-lhe vida. Três dias se passaram e a mãe em coma. Contou com o apoio da irmã, que não via há tempos (estavam brigadas também), e, numa madrugada, durante a troca de guarda entre as filhas, recebeu a notícia da morte da progenitora.

Remorsos. Remorsos. Entorpecida durante o funeral, isolou-se até do psiquiatra e passou a remoer cada passagem de tempo não vivido (ou mal vivido) ao lado da mãe. Criou o hábito de coçar a cabeça, no cocuruto chegou a se ferir, e, de companhia, apenas ressaltar que aquela ferida era a sua parceira fiel. Coçava a cabeça. Coçava a cabeça. Coçava a cabeça. Ansiava pela chegada da casquinha da ferida, quando nem estava formada coçava de novo e chegava a sangrar. Satisfazia-se. Numa noite, estranhou o fato de coçar demasiado, a ponto de não ter fechado os olhos para o sono; como as fronhas já tinham a cor vermelha oriunda da ferida, estranhou a cor diferente. Meio esverdeado, gosmento, esquisito. Tinha coçado até atingir o cérebro. Assustou-se consigo mesma. No mesmo dia, procurou um dermatologista, que, brilhantemente, antes de falar da ferida em si, percebeu a ferida na alma da paciente. Pediu licença para receitar hábitos novos e, com o consentimento, buscou na gaveta um cortador de unhas e deixou as mesmas no toco. Sugeriu a Andreia que, quando tivesse vontade de coçar, que passasse o dedo, de leve. O dedo sim. A unha não. Terminou indicando luvas de pano para quando estivesse em casa, sozinha, o que significava quase o tempo todo. Assim Andreia ia levando a vida. Rezava. Lembrava-se da mãe. Quando atendia a ligação do filho, fazia-o entender que o abandono era a pior das mortes: “Ah, meu filho! Se eu tivesse passado mais tempo com a sua avó! Ah, se arrependimento matasse! Vê se não faz o mesmo com a sua mãe, tá?”. E nessa carência toda, a coisa foi seguindo.

Após muito tempo trancada em casa, foi a uma livraria e, claro, buscou na secção de auto-ajuda o conforto para sua alma. Na mesma secção, havia um homem bonito, que aparentava uns 35 anos. Observou que ele fazia cara de enfado ao ler as orelhas e as capas dos livros. Puxou assunto:

— Você gosta destes livros?

— Na verdade, nem um pouco.

— Então, por que está aqui nesta secção?

— Pretendo escrever um livro. Observo de tudo. Como sei que farei tudo por conta própria, fico observando capas, orelhas, esse tipo de coisa…

— Então você é escritor?

— Iniciante. Mas sou.

— Escreve o quê?

— Artigos na linha de filosofia.

Andreia gostou. Primeiramente, pelo fato do tema ser abrangente. Todas as pessoas falavam de filosofia. Filosofia de trabalho. Filosofia de vida. Filosofia em forma de conselhos. Filosofia que era dita até por técnicos de futebol. Perguntou:

— Escreverá para aplacar a angústia da gente?

— Não. Provavelmente não.

— Sabe, sou uma sofredora.

O vindouro escritor percebeu que a constatação foi genuína. A mulher não estava brincando. Tentou amainar o ambiente, e sorriu:

— Fala sério?

— Sério. Não tive tempo de me despedir de minha mãe, que morreu sufocada, com problemas respiratórios, num hospital.

A riqueza de detalhes na transcrição fez o escritor se comover. Indagou:

— Mas, com todo o respeito, a senhora não sufocou sua mãe com o travesseiro – tentou sorrir.

— Não, isso não! Ela morreu no hospital. Mas não tive tempo de me despedir dela, estávamos brigadas – e começou a chorar.

Um tanto quanto comovido, o homem pegou o braço de Andreia, direcionou-a a uma mesa e a fez sentar-se. Como perdera a mãe também em um hospital, mas com todas as pendências resolvidas, tentou achar as palavras certas para confortar a mulher. Conseguiu. Pelo menos foi essa a sua intenção:

— Sabe, respeito a sua dor e sofrimento. Mas você pode dar a volta por cima. Passei pelo mesmo que você passou. Minha mãe teve câncer, falência múltipla dos órgãos, não pude fazer muita coisa…

— Mas você não estava brigado com ela, né? – segurou o choro e olhou para o interlocutor, com olhos distantes.

— Não. Mas tenho certeza de que a sua mãe entendeu a coisa como realmente foi. Mesmo brigadas, já devia ter te perdoado havia tempos e ademais, o seu sentimento atual só prova isso. Toque o barco pra frente…

— E como você conseguiu se conformar? Tem muito tempo?

— Minha mãe faleceu há um ano. Me conformei porque não tinha como não me conformar.

E fazendo um adendo, o professor escritor citou um filósofo chamado Albert Camus, que havia escrito “O Estrangeiro” e que logo no início narra o enterro da mãe do protagonista, o senhor Mersault, que, friamente, narra a existência como sendo uma sucessão de fatos sem significado e importância alguma. Esclareceu que não era para levar ao pé da letra, mas que o livro mostrava que devemos nos ocupar do aqui agora, tão somente. O senhor Mersault não era culpado de ter colocado a mãe em um asilo, tudo foi fruto das circunstâncias.

Albert Camus

Andreia interessou-se pelo livro. O escritor desconversou, sopesando a indicação. Pensou: “Camus não é pra fraco não!” e sugeriu que Andreia ficasse na auto-ajuda. Mas como a árvore do fruto proibido é mais tentadora, ela chamou uma vendedora e pediu o livro. Ela o compraria. O interlocutor sugeriu-lhe cautela, tentou explicar um pouco as reais intenções do autor ao escrever “O Estrangeiro” e foi dessa forma que Gregório e Andreia se conheceram.

Num salto para o presente, Andreia está na sala dos professores na escola onde Gregório leciona, aguardando para falar com ele. Findo o último horário do turno da manhã, cumprimentam-se e Andreia diz:

— Desculpe-me vir importuná-lo aqui. Quis comprar o seu livro. Você tem aí na pasta?

— Tenho sim. E surpresa boa te receber – percebeu as luvas de pano da interlocutora e as olheiras disfarçadas mal com maquilhagem.

— Ah, que bom! Tem aquela crónica que você escreveu sobre o hospital?

— Tem sim.

No tumulto da saída, com professores, alunos e direção se despedindo, Carla chegou e sorriu ao professor, pedindo licença um minutinho para dizer que desejava conversar com ele depois e que encontrara um caminho. Gregório disse que sim e ficou feliz ao quase não se lembrar do encontro anterior. Despediram-se rapidamente e Gregório saiu com Andreia, segurando-a pelo braço. Caminharam por três quarteirões até o restaurante. Gregório puxou a cadeira, Andreia sentou. Puxou a cadeira para si e sentou. Serviriam o self service dali a pouco. Andreia pediu o livro. Gregório tirou um exemplar da pasta e ofereceu-lhe. Ela foi ao índice e leu Hospital. Dirigiu-se à página específica e pediu licença para ler. Ansiosa, leu. Ainda no meio do texto, estagnou e ficou pensativa. Perguntou:

— Por que você é tão duro contigo mesmo?

— Como assim?

— Parece que você ri de você mesmo. Quando fala de você, parece tratar de outra pessoa.

— Auto-ironia. Para não ser auto-complacente. Para não sentir dó de mim mesmo. Fazendo isso, sinto que estou me desenvolvendo melhor. Exorcizo os meus demónios, entende?

— Essa coisa de demónio eu não entendo mesmo. Meu pastor exorcizava demónios, até onde eu sei.

— Não, exorcizar demónios é no sentido de purgar um sentimento, entende?

— Ah, sim…

Gregório ia desestimulá-la a ler, mas percebeu o interesse crescente na leitura. Percebeu Andreia passar os dedos com a luva pela cabeça algumas vezes. Terminou de ler e pediu autógrafo. Gregório fez a dedicatória, ambos almoçaram e cada um pagou sua conta.

No caminho para casa, Carla indagou o que aquela pobre sofredora queria com Greg. Será que era namorada dele? Sentiu ciúmes. Queria a atenção só para si. Mas entendia que não era possível. Conversaria com o professor depois. Greg adoraria saber das mudanças em sua vida. Passou pelo portão do condomínio, entrou em casa e viu sua mãe esperando-a, para almoçar. Foi ao quarto, jogou a mochila e retornou, lavando as mãos e beijando Brigitte no rosto. Sua mãe a abraçou, perguntando como foi na escola. Falaram de amenidades, até se servirem. Carla puxou papo:

— Como foi seu dia?

— Excelente! Matriculei-me em um cursinho de francês e começo hoje.

— Vai mesmo sozinha para Paris?

— Vou. Estou amando os preparativos, como sabe, tudo é uma correria só. Não vejo a hora de visitar a Torre Eiffel.

— Posso te dar uma sugestão?

— Claro, filhinha.

— Tente sair dos roteiros programados. Tente passear a pé, conhecer verdadeiramente a cidade. Pegue ónibus. Metro.

— Tá louca, minha filha?!

— Louca por quê?

— Onde já se viu entrar em um coletivo? Quando muito, pago táxi.

Carla achou melhor não tirar sua mãe da zona de conforto. Pegou mais salada e ouviu a mãe sugerir:

— Estava pensando em convidar o escritor para vir jantar aqui. O que você acha?

— Qual a sua intenção com ele? – tentou disfarçar o ciúme.

— Eu? Imagina, minha filha! Nenhum. Quero só conversar com ele sobre o seu livro…

— Mãe, por que não lê o livro dele antes?

— Já te falei, Carla! Ler me dá sono. Gostei do jeito dele, ele fala umas coisas complicadas, algumas bem legais, e sendo professor da minha filha, pensei, por que não convidá-lo para um jantar?

— Mãe, não sei se é uma boa ideia…

— Você o conhece melhor do que eu. Vou passar a bola para você. Se quiser, pode convidá-lo.

— Leia o livro dele antes, mãe.

— Já te disse, minha filha! Não tenho paciência.

— Mudando de assunto: quero te pedir desculpas por ontem.

— O que ocorreu, Carla? Fiquei preocupada.

— Nada de mais, mãe. Apenas estava com os nervos à flor da pele.

— Melhorou? Saiba que isso é por conta da idade.

Mais uma vez, Carla era estigmatizada por causa da idade. Difícil ser adolescente hoje em dia. Odiava a palavra adolescente. Ela já era uma mocinha. Sentia-se assim. Só não tinha paciência para ficar posando de ninfetinha e nem ficar se empanturrando com quinquilharias que pareciam preencher sua mãe. Resolveu ser condescendente. Se queria mudar, tinha que fazer o exercício diário. Da tolerância mesmo.

— Mãe, deve ser por conta da idade sim.

— Sabe que a Virgínia colocou a filha no psicólogo?

— É mesmo, mãe? – segurou o deboche.

— Sim. A menina terminou um relacionamento, pois foi à Disney e o namoradinho não conseguiu ir. É o que sempre falo: diferenças em classes sociais existem e elas acontecem para fazer ver que água e óleo não se misturam…

— Mãe, não te provocando. Mas o Greg é de classe distinta da sua. Por que deseja conhecê-lo?

— Ué, já o está chamando de Greg? Que intimidade é essa?

— Não mude de assunto. Então me responda: por que deseja conhecê-lo?

— Já te disse, filha! Gostei dele. Só isso.

— Ah, tá bom! Acredito!

Terminaram o almoço. Brigitte disse que ia se preparar para sair. Carla voltou ao quarto e trancou-se em seu mundo autista. Eliminara a possibilidade do suicídio. Estava convicta de que a vida não tinha sentido, tanto faz se a pessoa vivesse em Paris, Belo Horizonte, Oslo ou Cochinchina. Pena que sua mãe não perceberia o vazio. Onde quer que estivesse.

Chegando a casa, Andreia abriu ao acaso o livro recém comprado e leu:

Filosofia é Ciência!

Gregório Mendes (GM)

“A filosofia implica uma mobilidade livre no pensamento, é um ato criador que dissolve as ideologias”.

Martin Heidegger, filósofo alemão (1889-1976).

No século XIX, o filósofo dinamarquês Soren Kierkegaard (1813-1855) fez uma fina ironia afirmando que tinha vontade de sair de Copenhague (capital da Dinamarca) e se mudar para a Alemanha, pois na sua terra natal não encontrava pessoas com as quais conversar filosoficamente. Guardadas as devidas proporções, Belo Horizonte é a minha Copenhague. Não vejo a hora de ir embora daqui. Senão, vejamos: há uma confusão muito grande acerca do papel da Filosofia no nosso quotidiano. Geralmente, serve como rótulo para muitos pseudo-filósofos (e tem de tudo um pouco): revoltados que escrevem artigos xingando a torto e a direito; professores de universidades particulares que fazem seus alunos decorarem obituários de grandes pensadores; teólogos com um pé na Teologia da Libertação cristã; ideólogos; partidários políticos, interesseiros em ganhos financeiros (os verdadeiros filisteus da cultura), gente que copia e cola artigos da internet para manter uma coluna num jornal, feminista enrustida e mais uma gama de variedades nessa grande fauna.

Filosofia é ciência! Não me canso de afirmar isso! Ela é a mãe de todas as ciências, e é por isso que admiro o aspecto experimental do cientista de laboratório. Ele analisa, analisa, analisa. Assim também o trabalho do filósofo: analisar o discurso, as intenções, aquilo que está subtendido. Elaborar filosoficamente seus pensamentos, suas atitudes, formar uma opinião (dôxa) e daí uma ideia. Confrontar essa ideia consigo mesmo. Partilhar, contrapor, contradizer (se for o caso) enfim, filosofar. E é aí que os verdadeiros cientistas e filósofos se assemelham: não existe teoria que não possa ser afrontada. Aliás, essa é a característica fundamental dessa confrontação.

A dicotomia cabal entre o pensamento filosófico e as outras variantes de pensamento é acerca da razão e da fé. Não adiantam querer fazer um sincretismo religioso científico laico entre essas duas manifestações. Impossível! O senso comum conta historietas de grandes cientistas que tiveram uma revelação mística. Só se esqueceram de dizer os nomes desses grandes cientistas.

Pelo que pude estudar ao longo dos tempos, sempre houve certo embate (duro, muito duro) entre religião e ciência. Não à toa, Giordano Bruno foi queimado pela fogueira da Santa Inquisição. Galileu Galilei teve que abjurar suas teses para preservar a vida. Charles Darwin, o mais revolucionário dos cientistas, nos fez entender a Teoria da Evolução das Espécies com uma clareza invulgar. Sigmund Freud nos libertou do jugo moralista cristão no tocante à sexualidade. E poderia aqui citar uma penca de grandes cientistas que aprofundaram suas descobertas e nos fizeram mais iluminados: Sir Isaac Newton, Leonardo da Vinci, Nietzsche, Carl Jung, Albert Einstein, Sartre, Michel Foucault e não poderia deixar de citar o mais provocador de todos, o iconoclasta Richard Dawkins, geneticista, biólogo e excelente literato que nos brindou com o livro “Deus um Delírio”.

Leonardo da Vinci
Albert Einstein

Sinto muito informar: não existe sincretismo possível entre fé e razão. E, já adiantando, sempre que debato com religiosos, saio com a convicção firme de uma conversa entre surdos decididos: fé e religião de um lado, razão e ciência do outro lado. Antes de questionarem este texto, convido-os a uma experiência simples: coloquem água em uma vasilha pela metade. Depois coloquem certa quantidade de óleo. Fica provado: uma é a fé, a outra, a razão. E dizer da importância da água e do óleo. Bem, esta é uma tese! Procuro um verdadeiro filósofo que me faça a antítese. Penso que irei encontrá-lo bem longe de Copenhague (digo, Belo Horizonte)…

Andreia não compreendeu nada, só ficou na dúvida de o porquê o escritor desejar ir embora da cidade.

Diego, filho de Deborah e Fred, investigou o perfil no Facebook de Luísa Gates e encetou conversa. Criou um perfil falso e tentou parecer maduro. Para além da conversa fiada e fútil, sugeriu se encontrarem para assistirem a um filme de super-herói. Conexão bem sucedida!

Marcelo Pereira Rodrigues

Escultura de Michelangelo, “Pietà” (1499)

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