OBarrete

Porque A Arte Somos Nós

Um uniforme. Uma etiqueta com o meu nome de guerra: Pereira. Coturnos. Fardas. Pelotão e barba bem-feita, cabelo rente. Quem serviu o Exército como eu tem nítido no espírito as palavras de ordens, os brados, o clamor à Pátria e a juventude faz-nos parecer autómatos serviçais a serviço de uma causa maior. Ainda bem que o Brasil é um país pacífico, como lido no seu Hino, “deitado eternamente em berço esplêndido” e assim este que vos escreve apenas deu alguns tiros de rifles (ainda me lembro das balas traçantes) como forma de treinamento. Passei incólume ao frontline.

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A dor de uma perda pode consumir-nos de tal forma que, por vezes, não restam motivos para continuar a nossa jornada pelo mundo. Não porque estávamos/somos dependentes desse elemento que partiu, mas porque a nossa vida parece perder todo o sentido sem ele. Este sentimento funciona como resultado de nos sentirmos melhores pessoas com essa pessoa ao nosso lado, servindo ela, muitas vezes, como um catalisador de felicidade, amor próprio, ou humanidade.

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“Engolimos de um sorvo a mentira que nos adula e bebemos gota a gota a verdade que nos amarga.”


Denis Diderot

Tão fácil que está à mão, os sites de busca, notadamente o Google, oferece-nos tudo imediatamente num clique. Podemos saber acerca dos anéis de Saturno; da capital da Tanzânia e mesmo da composição química do sal de cozinha. E o portal se abre ao mundo. Nos meus dinossáuricos anos de estudante, quando precisava de realizar trabalhos dirigia-me à biblioteca pública de modo a consultar a Enciclopédia. Lia, escrevia, consultava, estudava. Como todos sabemos, a Enciclopédia é o livro que pretende abarcar tudo.

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Há acontecimentos na nossa vida que nos podem deixar completamente desamparados e sem motivo, nem força, para tentarmos dar a volta por cima. Por um passado que, certamente, com uma sucessão de acontecimentos não voltará nunca mais, podemos agarrar-nos de tal forma à saudade, ou à dor de uma perda, que o resto deixa de fazer sentido: a própria vida deixa de fazer sentido. Para tal, é essencial muita força mental, muita capacidade de resiliência e, até, de muito apoio exterior. Mas, a verdadeira e mais autêntica revolução — amplamente necessária para combater a realidade — tem de partir, sempre, de dentro.

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