Num passo apressado
Por entre um manancial de luzes,
Num facilitismo aparente
Que não auxilia, só ofusca,
Quem, há muito ausente
Desespera por se encontrar nesta busca.
É estranho e especial
Passar por um sítio tal,
Do qual me faltam várias referências
Conheço os grandes monumentos,
Do resto, não sei dizer, faltam-me as apetências.
Não conheço muitos destes locais
Cada viagem é uma nova aventura,
Por entre paraísos culturais
Pelos quais a história perdura.
Vou retendo pequenos fragmentos
Desta imensidão de experiências,
Onde cada esquina é uma relíquia
Que a mente tenta reter,
Mas por muita que seja a vontade
Muitas gravuras acabam por desaparecer.
Mas a vontade nunca muda
De querer conhecer e explorar,
O que podemos, com ou sem ajuda
Por aí alcançar.
Pela estrada fora
Não de carro, mas a caminhar,
Sem nunca desistir
Ou sequer desanimar,
Até por fim terminarmos
Encontrando o nosso próprio lugar,
Que o destino nos iluminou
Nesta cidade de encantar.
Pintura de Maurice de Vlaminck, “Landscape with Red Roofs” (1907)
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