Percorremos esta estrada,
Cheia de atribulações.
Vamos por caminhos incertos,
Sem saber qual o destino
Procurando por diferentes emoções
Que guiam este nosso caminho.
Estamos unidos, neste local,
Este planeta que habitamos.
E até quando nos dividimos,
Acabamos muitas vezes a dialogar
Até com os que mais odiamos.
As palavras leva-as o vento,
Qualquer um pode sonhar.
Mas, no final só os mais bravos
Terão a coragem de actuar.
Ó estrada da vida,
Que nos fazes duvidar
Se do nosso rumo
Nos devemos orgulhar.
Não nos deixes desprovidos
Da nossa verdadeira herança.
Do alcançar nesta jornada,
Ao longo da sua duração
De uma vida com muita ternura,
E cheia de fogo no coração.
Tentando esquecer qualquer dor
Ou mágoa que por vezes perdura.
E, sem nunca esquecer de percorrer
Este trilho que, ao unir-nos,
Nos torna a todos nós.
Numa parte desta película peculiar,
que é diferente consoante o olhar,
Mas cujo resultado final
Nesta incerta e estimulante narrativa,
Somente a cada um pertence,
Enquanto seu director e actor principal.
Pintura de Gustave Courbet, “A Praia em Palavas” (1854)