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viva o rock brasileiro #27

1984 vê nascer o segundo LP dos Paralamas do Sucesso, “O Passo do Lui”, numa banda formada por Herbert Vianna (guitarra e voz), Bi Ribeiro (baixo) e João Barone (bateria). A setlist aponta:

Lado A

Óculos

Meu Erro

Fui Eu

Romance Ideal

Ska

Lado B

Mensagem De Amor

Me Liga

Assaltaram A Gramática (com participação especial de Lulu Santos e Scarlet Moon)

Menino E Menina

O Passo Do Lui

Este disco é tão bom que sete faixas estouraram nas rádios e a reboque do primeiro disco, fizeram com que a tournée de concertos percorresse o Brasil, sendo o ápice a apresentação no Rock in Rio 1985, a primeira edição do festival. As três canções que não emplacaram tanto foram Fui Eu; Menino E Menina e a faixa que empresta o nome ao álbum.

O som inconfundível do grupo apresenta influências do reggae, do ska, dando uma batida e um ritmo ao rock que nos embala em agitos. Me Liga é uma baladinha muito interessante e Ska apresenta a seguinte letra:

A vida não é filme, você não entendeu

Ninguém foi ao seu quarto quando escureceu

Sabendo o que passava no seu coração

Se o que você fazia era certo ou não

E a mocinha se perdeu olhando o sol se pôr

Que final romântico, morrer de amor

Relembrando na janela tudo que viveu

Fingindo não ver os erros que cometeu

E assim

Tanto faz

Se o herói não aparecer, e daí?

Nada mais

A vida não é filme, você não entendeu

De todos os seus sonhos não restou nenhum

Ninguém foi ao seu quarto quando escureceu

E só você não viu, não era filme algum

E a mocinha se perdeu olhando o sol se pôr

Que final romântico, morrer de amor

Relembrando na janela tudo que viveu

Fingindo não ver os erros que cometeu

E assim

Tanto faz

Se o herói não aparecer, e daí?

Nada mais

E assim

Tanto faz

Se o herói não aparecer, e daí?

Nada mais

Os Paralamas do Sucesso na década de 1980

A letra é do irmão de Herbert, Hermano, que viria a ser um dos grandes sociólogos do Brasil.

Generosidade é um modo de ser dos Paralamas que ajudaram outras bandas no início de carreira. Apadrinharam e deram o nome de Biquíni Cavadão a um quinteto e chegaram a emprestar instrumentos aos Legião Urbana, dando um apoio junto da editora.

Revivendo a memória e ouvindo algumas vezes o LP para compor este texto, confesso o prazer que o álbum me trouxe. Até à última faixa o disco é esmero puro e surpreende pela lucidez e segurança na forma como as faixas são compostas. Para um segundo disco de jovens ainda, o pacote é muito bem entregue.

Ao público português, deleitem-se com este disco.

Marcelo Pereira Rodrigues

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