OBarrete

Porque A Arte Somos Nós

A espera acabou, o Fantasporto está de volta com a sua 42.ª edição, a decorrer na cidade do Porto, mais precisamente no Teatro Rivoli. De 1 a 10 de Abril, o Festival de Cinema do Porto traz filmes fantásticos como os japoneses “Baby Assassins“, um êxito de bilheteira no Japão, “Ms Lupin“, emergente da conhecida manga japonesa com o mesmo nome, e que evoca o famoso ladrão Arsène Lupin.

xxxHolic“, outra Antestreia Mundial que sai de outra da mais conhecidas mangas, com a participação de atores e atrizes da primeira linha do cinema asiático, ou até “The Mole Song” de Takashi Miike, vão entrar em “confronto” por exemplo com “Ox-Head Village“, filme em antestreia Mundial, saído do trabalho exímio do vencedor do Fantasporto de 2021, Takashi Shimizu. No que toca à adaptação para filme live-action do manga “xxxHOLiC”, das CLAMP, este vai estrear nos cinemas japoneses a 29 de abril e tem como protagonistas atores e músicos de enorme popularidade na Ásia, tais como Ryunosuke Kamiki que vai interpretar Kimihiro Watanuki ou Kou Shibasaki que será Yūko Ichihara.

Este é também um grande ano para a ficção científica, não fosse o futuro uma das maiores preocupações do momento, com a China a apresentar “Annular Eclipse” e Taiwan, “2049: Hedgehog Effect“, ou até a Alemanha com outro dos filmes mais esperados desta edição, “The House“, ficção científica que apresenta uma reflexão sobre o poder e a tecnologia, mostrando como o futuro não será necessariamente mais livre.

“xxxHolic”, o primeiro filme a ser exibido na 42.ª edição do Fantasporto

Vai voltar a secção ANIMA-TE, que nos traz cinema de animação. Filmes que colocam à vista desarmada a sua versatilidade em obras de grande fôlego de ficção científica como “Vortex, Dawn of the Sovereignty“, do francês Michel Rousseau, ou o chinês “Chicken of the Mound“. A ver também a nova anime japonesa “The Laws of the Universe – The Age of Elohim“, de Isamu Imakake.

Um dos grandes temas é também o aproveitamento mediático do espaço digital. Um dos melhores exemplos disso é “Follow Her“, de Sylvia Caminer (Estados Unidos), um prodigioso trabalho de argumento e realização. Ou obras que refletem outros grandes temas de hoje como a alienação  social (o já referido “Baby Assassins”, e o húngaro “Soul Park“). A transformação da paisagem com o húngaro “Eviction” e o britânico “Barbarians“, onde brilham atores que passaram pela série “Game of Thrones“, ou “Jacinto“, uma história de segregação que faz lembrar “Easy Rider“, produção galega vencedora do Prémio do Público em Sitges.

Temos ainda incursões no fantástico mais clássico como “Sometimes in the Dark“, de Carmine Cristallo Scalzi, que chega da Itália, “Entombed“, de Kjell Hammerø da Noruega, “The Unburied” da Argentina, “Night at the Eagle Inn” do americano Erik Bloomquist, “Alchemy of the spirit” de Steve Balderson, ou ainda “The Exorcism of God“, do já premiado Alejandro Hidalgo. Ou até um filme que, falando da Inquisição numa perspetiva histórica, como é “Duyster” dos belgas Thomas Vanbrabant e Jordi Ostir, é exemplo do horror que acompanha determinadas épocas do nosso passado.

“Follow Her”, realizado por Sylvia Caminer, compete na categoria de Cinema Fantástico

Há também lugar para grandes histórias de amor e humanidade, como por exemplo o candidato coreano aos Óscares, “Escape from Mogadishu”, uma super-produção sobre os massacres na Somália, ou o filme russo “Vladivostok“, uma história de paixão com argumento do premiado Karen Shaknazarov. Não esquecer ainda o drama das crianças casadas pela família no extraordinário “Saralish“, uma coprodução entre o Afeganistão e o Irão, uma estreia mundial que honra o Fantasporto como montra do cinema Mundial.

Chegando ao cinema português surge-nos a antestreia mundial da longa-metragem “Amelinda“, de Miguel Gomes, num registo cheio de imaginação cinéfila e curtas-metragens que vão desde o cinema experimental fantástico ao drama, que competem pelo Prémio de Cinema Português.

No que respeita aos Clássicos, destaque para a exibição de “A Praga” de Mojica Marins, um restauro feito recentemente da obra perdida e recuperada do mestre brasileiro do horror – já homenageado no Fantasporto. Mas também para as comemorações dos 70 anos de “Serenata à Chuva“, de Gene Kelly e Stanley Donnen, e os 80 anos de “Casablanca“, dois marcos da História do Cinema, a ver e rever no grande ecrã. E para rematar, dois dos filmes-charneira das décadas de 1970 e 1980 de George Lucas: o seu fabuloso “THX1138“, que perfaz 50 anos da sua estreia e um dos filmes mais icónicos a passar pelo Fantasporto, e “Blade Runner“, de Ridley Scott, que celebra 40 anos da sua produção.

Acompanha o Festival e sabe mais sobre esta 42.ª edição a partir do site oficial do Fantasporto.

Se queres que OBarrete continue ao mais alto nível e evolua para algo ainda maior, é a tua vez de poder participar com o pouco que seja. Clica aqui e junta-te à família!

2 thoughts on “Fantasporto 2022

Leave a Reply

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

%d