OBarrete

Porque A Arte Somos Nós

Aquelas árvores distantes

Que mal consigo ver,

Mais valiosas que diamantes

E que me encaram, antes de adormecer.

Sonhando que um dia

As hei de, devidamente, observar.

Não de longe e subitamente,

Mas de perto e devagar.

Às vezes, só de as contemplar,

Consigo meditar.

Qualquer problema esquecer

Qualquer questão ultrapassar.

E agora vou ter de me ausentar

Não, ainda não é para ver as árvores,

Que essas já estão tapadas pelo luar.

É apenas porque chegou

A hora de me deitar.

E com ela chega

Um sonho já há muito adiado,

Subir bem até lá acima

Como se estivesse acordado.

E, do cimo do último ramo,

Observar um horizonte, ainda inexplorado.

Pedro Maia

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