Era uma vez um pianista,
Que se lembrou de recitar.
Quando queremos tocar notas
Devemos de no piano experimentar.
Podem até parecer soltas,
Mas ficam para durar.
A música é uma arte,
Não nos devemos interrogar,
Por muito que seja relativa,
É mais leve que o olhar.
Qualquer pessoa pode ser artista,
Às vezes sem saber
Basta começar a desbravar,
As entranhas do seu ser.
Convém, no entanto,
Nunca temer
Qualquer crítica exterior,
Porque quando se acredita,
O mundo fica bem maior.
E o artista regressa,
Ao seu piano de estimação
Sem nunca perder a esperança,
E o fogo no coração.
Bonança que o gratifica e faz feliz,
Até quando o mundo não entende.
Qual o motivo por que Deus quis,
Em si, inspirar semelhante dom,
Que a todos transcende.
Só as saudades da sua música,
Servem para lhe relembrar
Os tempos de mocidade,
E aquele ingénuo olhar.
Onde imperava a felicidade
Até no rudimentar,
Por muito pequena a novidade,
Nunca deixava de o cativar.
Até o mundo o ter inspirado,
A encontrar um dirigível
Onde pudesse levar
Os seus sonhos e ambições,
Até se refugiar
Das suas maiores obrigações.
Imagem retirada do filme “The Pianist”, de Roman Polanski