OBarrete

Porque A Arte Somos Nós

Aquele nervoso miudinho

Independentemente da idade,

Que nos assalta de mansinho

Quer em velho, quer durante a mocidade.

Quando nos é apresentada

Uma situação distinta e inovadora,

A ansiedade dificilmente será controlada

Mas se a proposta é tentadora,

Uma solução acabará por ser encontrada.

A efemeridade da vida

Leva-me a cogitar,

Que por muito que seja o receio

Temos mesmo de arriscar.

Arrojados e valentes

Podemos nem sempre ser,

Somos antes como diamantes

Polidos antes de aparecer,

Numa aparente inoperância

Mas só até a ânsia se desvanecer.

Não perdendo o fio à meada

Seja qual for a situação,

Para no final e bem informado

Acalentar o meu coração.

Não perdendo os melhores momentos

Repletos de amor e emoção,

Capazes de nos recarregar a alma

Em toda e qualquer, ocasião.

Pedro Maia

Pintura de Grace Cossington Smith, “The Bridge in Curve” (1930)

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