Aquele nervoso miudinho
Independentemente da idade,
Que nos assalta de mansinho
Quer em velho, quer durante a mocidade.
Quando nos é apresentada
Uma situação distinta e inovadora,
A ansiedade dificilmente será controlada
Mas se a proposta é tentadora,
Uma solução acabará por ser encontrada.
A efemeridade da vida
Leva-me a cogitar,
Que por muito que seja o receio
Temos mesmo de arriscar.
Arrojados e valentes
Podemos nem sempre ser,
Somos antes como diamantes
Polidos antes de aparecer,
Numa aparente inoperância
Mas só até a ânsia se desvanecer.
Não perdendo o fio à meada
Seja qual for a situação,
Para no final e bem informado
Acalentar o meu coração.
Não perdendo os melhores momentos
Repletos de amor e emoção,
Capazes de nos recarregar a alma
Em toda e qualquer, ocasião.
Pintura de Grace Cossington Smith, “The Bridge in Curve” (1930)