“Harry Potter and the Philosopher’s Stone” (“Harry Potter e a Pedra Filosofal“) é o primeiro filme desta épica colecção, e foi realizado por Chris Columbus, em 2001. A obra mistura as componentes de fantasia e de aventura, pelo que acaba por ser uma película ideal para todas as idades, mas, principalmente para os jovens, ou para quem quiser ter um bom serão em família.
Tudo começou a partir do livro homónimo escrito por J.K. Rowling, em 1997, e culminou com a longa-metragem “Harry Potter e os Talismãs da Morte: Parte 2” (2011).
Com um elenco de luxo, com nomes como: Alan Rickman, Maggie Smith, Richard Harris, John Hurt, e Robbie Coltrane, entre outros, o filme não desapontou, ultrapassando até, de forma clara, as espectativas iniciais, não ficando longe dos mil milhões de bilheteira, e colocando no estrelato os nomes de Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint.
Nesta narrativa, que é muito provavelmente uma das mais fiéis aos livros, a escritora britânica conta-nos a história do feiticeiro Harry Potter (Daniel Radcliffe), conhecido entre os seus pares, como “o rapaz que sobreviveu”, já que escapou a um ataque, por parte de um dos mais poderosos feiticeiros das trevas de todos os tempos: “Voldemort” (Richard Bremmer), ficando apenas com uma cicatriz, em forma de raio.

Ao crescer, Harry nunca teve a mínima noção de quem era, e vivia de forma completamente diferente da de outros feiticeiros da sua idade, com os seus tios, os Durleys, no número quatro de Privet Drive, em Surrey, na Inglaterra. Estes tratavam-no quase como se fosse um criado, além de lhe ocultarem tudo acerca da sua identidade, e da dos seus pais. Até que, no dia em que Harry atingiu o seu 11.º aniversário, recebeu uma carta, de Rubeus Hagrid (Robbie Coltrane), que mudaria para sempre a vida do jovem feiticeiro.
Nessa missiva, Harry foi informado que havia sido aceite na escola de magia e feitiçaria de Hogwarts. Na viagem de comboio até lá, Harry acabaria por conhecer os seus dois melhores amigos, Ron Weasley (Rupert Grint) e Hermione Granger (Emma Watson), com os três a serem seleccionados, posteriormente, para a equipa de Gryffindor. Apesar de bem-intencionados, os três pareciam ser capazes de atrair sarilhos em qualquer situação. Nem Hermione, claramente bem mais responsável, conseguia ser capaz de fugir deste destino.
No final, a sua demanda acabaria por ser bem-sucedida, quando conseguiram impedir “Voldemort” de ficar com a pedra filosofal, ultrapassando uma série de desafios criados pelos seus professores para proteger a pedra. O último desafio foi o do tabuleiro de xadrez, antes do grande confronto final, com Ron a sacrificar-se pelos seus amigos acabando inconsciente, e Hermione a ficar para trás para o auxiliar. E eis que para surpresa de Harry, quem estava à sua espera era o professor de defesa contra as artes das trevas, Quirell (Ian Hart), em vez de Snape (Alan Rickman), que era quem os três suspeitavam estar a auxiliar Voldemort.
A película foi rodada em diversos locais no Reino Unido, como a própria estação de King’s Cross, em Londres, ou o castelo de Alnwick, no norte de Inglaterra, que, não foi o único, mas o principal local para as filmagens de Hogwarts.
Um filme com muitos aspectos positivos a destacar, em particular a elevada qualidade dos seus efeitos visuais, da sua cenografia, assim como a prestação dos seus atores principais, as transformações físicas de algumas personagens (com destaque claro para o meio-gigante Rubeus Hagrid) e finalmente, a trilha sonora a cargo do compositor John Williams que, com a sua elevada qualidade torna esta obra cinematográfica numa experiência, ainda mais memorável.

Uma curiosidade, é também o facto de Daniel Radcliffe ter olhos azuis, ao contrários dos verdes de Harry, e após este não tolerar as lentes verdes destinadas para esse efeito, J.K.Rowling permitiu que Harry, no filme, tivesse olhos azuis.
Pelo lado negativo, pouco há a destacar. Talvez o realizador pudesse ter improvisado um pouco mais com o material disponível, em vez de se cingir a uma adaptação tão fiel, mas corria obviamente o risco de incomodar, seriamente, alguns dos fãs mais acérrimos. Existe, contudo, uma cena em particular que ficou de fora, e que fez com que o irritante poltergeist Peeves, uma personagem presente nos livros, acabasse por não aparecer em nenhum dos filmes. Pese embora originalmente Rik Mayall ter desempenhando o papel, as suas cenas acabariam por ser cortadas do resultado final, já que nem o cineasta, Chris Columbus, nem o produtor, David Heyman, estavam satisfeitos com o design da personagem.
O impacto global originado por esta película de 2h e 32 min., levou a um aumento exponencial da popularidade da saga, que se tornou um fenómeno mundial, levando até a um aumento substancial de leitores, nomeadamente, entre os mais jovens.
Termino com mais duas curiosidades: a primeira é o regresso do realizador Chris Columbus para o filme seguinte “Harry Potter and the Chamber of Secrets” (“Harry Potter e a Câmara dos Segredos“), e o facto destes dois filmes terem sido os dois em que Richard Harris interpretou o papel do director de Hogwarts, Albus Dumbledore, já que o actor faleceu em 2002, sendo depois substituído por Michael Gambon.
One thought on ““Harry Potter and the Sorcerer’s Stone”: Assim começou uma das sagas mais populares de todos os tempos”