OBarrete

Porque A Arte Somos Nós

Poucos se podem dar ao deleite de sentar e escrever. Fazendo deste ofício profissão. É o caso de Marcelo Pereira Rodrigues, escritor brasileiro que encontrou no meio da sua jornada esta casa cultural que é OBarrete. Praticamente ajudou a consolidar uma base de textos que passam de trezentos, em pouco mais de dois anos. Vivendo exclusivamente disso? Qual nada!

Após o lançamento do romance “A Queda” em 2017, republicado aqui na íntegra, e às vésperas do aguardado “Tolerância” (Estrada de Papel, 270 páginas), outro romance, esse hiato de cinco anos foi preenchido com outros projetos: escreveu uma biografia, “Fernando, O Lusitano Brasileiro“; uma coletânea de textos publicado aqui, “Um Mergulho Na Literatura Clássica” e este ano ainda o livro de contos “O Dia De Folga“.

Somam-se a isso as edições ininterruptas editando a Revista Conhece-te, a ajuda a escritores na empresa O Agente Literário e as viagens promocionais dos seus livros e trabalho como um todo. Quando não está a escrever, está a ler, a avaliar, pesquisando, tomando notas, investigando. Apaixonado pela esposa Sandra e os seus três gatos, Ted, Messi e Zen, Marcelo gosta de ver futebol na televisão; filmes, ler e jogar futebol. Aos 48 anos, é guarda-redes amador.

Capa do livro “Tolerância” (Estrada de Papel, 2022)

Com a idade, a maturidade. Cada vez mais arredio a aparecer sem necessidade e a emitir opiniões às quais não foi solicitado, Marcelo olha com desconfiança a esse torvelinho de acontecimentos. Focado no seu trabalho e produção, uma vez ou outra sobressaem perceções de filósofo arguto oriundo da sua formação académica, porém seguiu longe dos muros de instituições.

Ateu e espírito livre declarado, reage a preconceitos com a delicadeza de um sábio. As fartas leituras permitem-no analogias das mais vivazes, tais como: “Orwell decretou o 2 = 2 = 5, e infelizmente vivemos isso atualmente. As pessoas não conseguem ler e interpretar um contexto livre das suas pobres ideologias. Querem fazer da realidade o molde que possuem nas suas tacanhas mentalidades e isso acarreta a intolerância e incompreensão“.

Por falar em intolerância, o antídoto. “Tolerância”, livro trabalhado nos bastidores por longos quatro anos, perfaz a apresentação de um conteúdo ímpar e envolvente. A narrativa seduz pelos cenários e personagens bem construídos. Dá um giro em Portugal, com cores vivas de Lisboa; do Congo revela a caótica capital e a beleza da selva africana; dos Emirados Árabes o voo panorâmico no tapete voador e encontros para lá de surreais com o piloto de Fórmula 1 Lewis Hamilton e com um xekh que exibe uma tela original de Rembrandt num iate.

Para além da capa, foi revelada a contracapa, a lombada e a primeira e segunda orelha de “Tolerância”

Como tudo é imaginário na vida do escritor (o que é real ou ficção só lendo para chegarem à conclusão), o escritor excursiona por Madrid, passa uma temporada em Paris e lá sofre um atentado. Salman Rushdie que o diga acerca da intolerância e estupidez. Faz jornalismo em Caracas (Venezuela) até encontrar o seu refúgio numa vila do interior de Minas Gerais.

Obra que discute a fama e o preço que ela exige, “Tolerância” já vem amealhando boas críticas de leitores especializados e na venda antecipada os números saltam aos olhos. Marcelo observa tudo com tranquilidade, um tanto receoso de se achar o maioral e com humildade e pés no chão filosofa: “Sou apenas um escritor. E esse apenas é sublime. Se aprendi com o adágio ‘Torna-te o que és’, o certo é que sou o que sou.

Sobre prováveis livros que serão destinados aos seus leitores em Portugal, outra filosofia: “Conexão direta, envelopes que cruzarão o Oceano Atlântico e a certeza de conexões feitas.

Todos os leitores (e não leitores) podem adquirir “Tolerância”, de Marcelo Pereira Rodrigues, aqui.

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