OBarrete

Porque A Arte Somos Nós

Como que à espera

De algo profundo,

Uma mudança na era

Disto a que chamamos mundo.

Divagando por ruas e vielas

Procurando encontrar,

Um sentimento de pertença

Neste ou noutro lugar.

Silêncios constantes

Verdadeiramente dilacerantes,

Ou ruídos distantes

Evasivos como diamantes.

Em tudo acreditamos

Neste nosso devaneio,

No qual nos interrogamos

Em que metade está o prato cheio.

De onde vem esta ansiedade

Combatendo a apatia presente,

Que ataca em qualquer idade

Do mais ao menos valente,

Nenhum se lhe evade

A esse rumo ambivalente.

Procurando depois o caminho

Que nos direccione

Até ao nosso cantinho

Onde os sonhos impulsionam

Como que por debaixo do azevinho.

Quem neles acredita

Com verdadeiro vigor,

Qual promessa maldita

A que chamamos amor.

Pedro Maia

Pintura de Candido Portinari, “A descoberta da terra” (1941)

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