Como que à espera
De algo profundo,
Uma mudança na era
Disto a que chamamos mundo.
Divagando por ruas e vielas
Procurando encontrar,
Um sentimento de pertença
Neste ou noutro lugar.
Silêncios constantes
Verdadeiramente dilacerantes,
Ou ruídos distantes
Evasivos como diamantes.
Em tudo acreditamos
Neste nosso devaneio,
No qual nos interrogamos
Em que metade está o prato cheio.
De onde vem esta ansiedade
Combatendo a apatia presente,
Que ataca em qualquer idade
Do mais ao menos valente,
Nenhum se lhe evade
A esse rumo ambivalente.
Procurando depois o caminho
Que nos direccione
Até ao nosso cantinho
Onde os sonhos impulsionam
Como que por debaixo do azevinho.
Quem neles acredita
Com verdadeiro vigor,
Qual promessa maldita
A que chamamos amor.
Pintura de Candido Portinari, “A descoberta da terra” (1941)
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