OBarrete

Porque A Arte Somos Nós

Com experiência a englobar a psicologia clínica, consultas de grupo com pais e crianças com excesso de peso e a monitorização de eventos na Associação 5 ao Dia, José Miguel Faria da Silva é fascinado pela mente humana desde tenra idade. Dos miúdos aos graúdos, o psicólogo de profissão tem o gosto de lidar com a psych humana seja em contexto formal ou informal, tentando sempre que possível aplicar os conhecimentos adquiridos na academia ao quotidiano.

Concluiu o Mestrado Integrado em Psicologia pela Universidade do Minho em 2019, onde destaca as aprendizagens da disciplina Psicofarmacologia. Além do curso, tem também o Certificado de Competências Pedagógicas, adqurido através da empresa Knowit em 2020, no Porto.

Durante o seu percurso estudantil, o jovem psicólogo adquiriu uma perspetiva informada e regrada da importância da arte no desenvolvimento humano e pessoal. Interessado em explorar esta vertente, OBarrete foi ao encontro de José Silva para o entrevistar sobre a pessoa, o profissional e o impacto da arte nas nossas vidas.

O Psicólogo é o Artista da Mente

José Miguel Faria da Silva

Como é que surgiu a psicologia na tua vida?

R: Eu sempre fui uma pessoa que gostava bastante de ouvir os outros. Como também sou mais calado, prefiro estar a ouvir e perceber o porquê da pessoa estar a dizer o que está a dizer. Tenho essa característica. Já é algo que me acompanha desde pequeno se pensar bem. No oitavo ou nono ano até andava mais sozinho e ia de grupo em grupo a tentar entendê-los, ver como falavam uns com os outros. Entretanto já com o meu grupo de amigos tínhamos muitos interesses em comum e eram pessoas que gostavam muito de falar uns com os outros sobre aspetos da vida.

Tudo isto foi-me fascinando e despertando curiosidade relativamente aos aspetos psicológicos dos outros. Mas quando percebi mesmo que queria ir para psicologia foi quando estive no primeiro ano da universidade no curso de Enfermagem.Fui fazer um estágio que decorreu a meio do ano no qual observei o tratamento de pacientes num centro de saúde e de facto não estava a gostar do ato de fazer os tratamentos em si. Só que houve uma vez em que tive de fazer sensos e falar com as pessoas em tom de entrevista, questões básicas como o rendimento e o agregado familiar.

E essa parte de interagir com a pessoa e perceber a sua dinâmica, a maneira como respondia, a idade, tudo isso já me fascinava. Então foi nesse momento que percebi que não estava no curso certo, devia ter seguido Psicologia apesar de ser um curso que desaconselharam por ter pouca empregabilidade. Tendo essa consciência, no ano seguinte entrei no curso de Psicologia e não tenho arrependimentos.

Quais foram as obras de arte que te marcaram particularmente e porquê?

R: Eu sou uma pessoa que se deixa marcar facilmente! (risos) Mas uma série recente que me marcou bastante foi “The Haunting of Hill House” porque retrata aspetos do ser humano como o luto! Cada personagem está numa fase de luto diferente e gostei bastante de ver aplicados os conceitos de psicologia de episódio para episódio. Há pouco tempo também comecei a ver outra série da qual estou a gostar muito que se chama “Sense8” porque toca em imensos aspetos que são tabus e gosto de ver a maneira como desenvolvem a psych de cada personagem.

É bastante interessante e dá outra perspetiva ao mundo, aborda temas como a coragem, reforçando que não é a inércia que muda alguma coisa. Conseguiria listar aqui várias obras, não só séries, apesar de ser uma pessoa que consome mais conteúdo em formato de série. Assim de repente, recordo-me de uma música que ouvi num videojogo chamada Power of Innocence que foi composta pelo senhor Kirill Pokrovsky, que foi diagnosticado com uma doença durante a produção do álbum onde entrava essa música.

E achei muito perspicaz porque a música começa de forma alegre e depois tem paragens a meio como se ele tivesse a receber a notícia e progride com instrumentos menos agradáveis ao ouvido do ser humano até que eventualmente volta a um estado de graça como se o próprio compositor tivesse aceitado o seu destino. E no fundo isto pode-se traduzir numa mensagem impactante e análoga à força humana que reside em cada um de nós e que temos oportunidade de despertar quando somos dispostos perante um desafio ou um adversário terrível.

Esta é a força que nos permite aceitar a situação, procurar ajuda e continuar a lutar pelo nosso bem estar, permitindo ultrapassar as dificuldades e retirar grande proveito da vida que temos pela frente. São exemplos onde eu vejo a psicologia em ação. Pessoas a lidar com doenças, com problemas sociais ou mesmo com a morte de alguém. Exemplos um pouco duros, é certo! (risos)

Isolando a faixa etária das crianças, qual é o papel que a arte em geral desempenha no seu desenvolvimento?

R: É uma pergunta bastante difícil! A arte muitas vezes pode ser usada como um escape para outra realidade que nós não vivemos no dia-a-dia. Existem muitas crianças que, por exemplo, se refugiam em jogos, em séries, em desenhos animados, de forma a escaparem a muitos problemas que têm em casa. Por outro lado, dependendo da arte em si e da forma como é consumida, esta permite desenvolver outras capacidades sociais que algumas famílias infelizmente, dadas as suas condições ou à sua inexistência, não conseguem desenvolver na criança.

Por exemplo o amor, a compreensão pelo outro, a capacidade de lutar por um objetivo, sentido de propósito, entre outras… Muitas vezes as famílias castigam demasiado as crianças no sentido de as punir: A criança faz algo não perfeito ou que podia ter saído melhor então em vez de se recompensar o “pouco bem que esta fez – está provado que recompensar é a estratégia mais potente para que exista uma mudança comportamental – recorre-se à punição.

Isto faz com que muitas vezes a criança fique retraída, não fale tanto com os pais, idealize que tem de ser tudo perfeito, ou que desenvolva comportamentos que visam evitar a punição, como mentir, por exemplo. A arte muitas vezes funciona como um meio da criança lidar com estas falácias que estão instauradas em algumas famílias, permitindo explorar pontos de vista de diferentes seres humanos.

Voltando a atenção para os adultos, a arte continua a ter a importância que tinha na infância?

R: O adulto acaba por ter menos exposição à arte porque as tarefas acumulam-se e o tempo escasseia cada vez mais, em contraposição ao tempo e liberdade que as crianças têm, tirando algumas que acabam por ser bastante ocupadas. No entanto, esta não deixa de ter um efeito bastante benéfico e potencializador. Quer para previnir doenças psicológicas como para ajudar na recuperação das mesmas. Até porque às vezes caio um pouco naquela falácia de psicólogo que fala muito dos problemas de saúde mas na verdade, melhor do que tratar um problema de saúde é de facto preveni-lo e a arte tem um papel muito importante nessa vertente.

Há gente que muitas vezes acaba por estar sem propostas ou achar que a vida não tem qualquer significado e o que lhe está a faltar pode muito bem ser uma maior exposição à arte. Por vezes estas pessoas até podiam ter sido grandes criadores que, dadas as circunstâncias do mundo moderno, acabam por seguir fontes de rendimento mais vantajosas e não fazem o que gostam até caírem em crises existenciais ou depressões.

Artes diferentes influenciam a construção da personalidade de maneira diferente?

R: Não te conseguindo dar uma resposta 100% certa, o que posso dizer é que, por exemplo, o ato de tocar um instrumento musical vai desenvolver mais certas áreas do teu cérebro e é possível assumir que isso vai influenciar a personalidade. Tal como pintar vai desenvolver outras parte do cérebro, como a capacidade de mexer a mão ou ainda a capacidade de visualização espacial. É espectável que a prática ou o consumo de arte vá moldando a personalidade porque esta acaba geralmente por ser o produto daquilo que a pessoa faz com alguma regularidade.

Ao afirmar que alguém é artista, estou desde logo a descrever a personalidade da pessoa. Será uma pessoa criativa, expressiva. Possivelmente com a criatividade conseguirá também resolver problemas ou enfrentar mais facilmente desafios impostos pela. A arte, seja ela qual fora, ajuda também a lidar com o stress. Conseguimos ouvir uma música, ver uma pintura ou ter a possibilidade de pensar sobre uma imagem e tudo isto pode ajudar a pessoa a encontrar-se, a ser feliz e a estar bem consigo própria. Quem consome arte acaba por ser mais resiliente do que alguém que só desempenhe uma função por necessidade.

Por exemplo, se alguém apenas trabalha em algo que não a satisfaz e não faz mais nada, rapidamente vai abaixo, em contrário, estar com amigos, cuidar de si e dos outros, ou consumir arte pode muito bem potencializar e dar um significado extra à vida da pessoa. O ser humano muitas vezes procura um significado para a vida, mas na verdade a vida é composta por vários propósitos e significados, que quando estão em sintonia e união fazem-nos sentir completos. Alguns destes, conseguimos percepcionar a sua existência, outros encontram-se óculos e nem damos conta da sua importância.

A arte, em muitos dos casos, pode ser tanto um propósito como um significado, esta oferece algo para além da monotonia, abre portas para o pensamento de outros seres humanos, experiências, conhecimentos e é sempre diferente. Sempre que vemos um artista diferente a arte em si é única e carrega as suas características. Até a própria música, se formos assistir ao vivo, uma sessão pode ser cantada com um tom diferente e com uma emoção diferente à mistura e noutra ocasião pode ser completamente distinta, dependendo do estado de espírito do artista.

O tema é muito complexo e não há por isso mesmo respostas totalmente certas, mas se nos focarmos no papel da música, por exemplo, temos canções calmas que funcionam como relaxantes, temos canções que nos dão mais força para lutar ou mais esperança, temos aquelas que nos alegram ou que nos colocam mais predispostos para sair ou ser criativos. Dependendo da arte desenvolvemos sempre aspetos diferentes e ela ajuda-nos a trazer estes estados ao de cima. Além disto, é também fundamental a mensagem e emoção que a arte passa às pessoas.

Existe ainda a importância de ser realizada mais investigação sobre a arte e os seus efeitos. Se olharmos para o caso dos videojogos, algo que a psicologia tem tentado estudado cada vez mais afundo visto ser uma arte recente, isto se quiserem interpretá-la como arte, existem estudos que revelam aspetos positivos e aspetos negativos. Atualmente os estudos até são mais focados precisamente por causa destes aspetos mistos de se dizer que os videojogos ajudam a melhorar a parte social mas fazem com que a pessoa se irrite mais facilmente. Então o que se passa? A pessoa tem mais capacidades de comunicação ou não?

Já existe boa investigação focada no efeito do número de horas investido nesta arte no bem estar da pessoa, mas outro aspeto que está a ser estudado recentemente e que acho interessantíssimo é averiguar dentro de uma arte em específico, no exemplo dado, os videojogos, qual é o género que a pessoa mais consome e se existem diferenças a nível adaptativo e desenvolvimental dependendo do género.

Se nos focarmos no cinema, é expectável que uma pessoa que veja filmes de terror tenha um desenvolvimento totalmente diferente e uma maneira de pensar ou lidar com as situações distinta de alguém que veja documentários ou comédias românticas. Ou seja, depende muito do tipo de arte que está a ser consumida, quem é o artista que está por detrás, quais são os tópicos e o que nos faz sentir. Daí a sua complexidade, tanto realizar como compreender arte é bastante difícil, se não qualquer pessoa podia fazê-lo! (risos)

Inspirado no cinema do realizador Quentin Tarantino, até que ponto é que filmes violentos influenciam o espetador a cometer atos violentos?

R: Nós seres humanos temos a capacidade de distinguir o que é ficção e o que é realidade, salvo em alguns casos em que existe uma psicose, onde de facto a pessoa tem algum problema cerebral ou algo que as esteja a agoniar muito. Então às vezes o problema não está na violência em si mas sim na mensagem oi moral que o filme transmite sobre esta.

Por exemplo, se virmos um filme clássico de artes marciais, na maioria dos casos o protagonista só usa a violência como forma de se proteger a si ou aos outros, e existem em geral várias cenas violentas durante o decorrer do filme, mas muitas das vezes estes são filmes que apesar de recorrerem a estas cenas, apelam ou transmitem a mensagem de que não devemos usar a violência a não ser como último recurso.

Depois existe uma distinção entre dois conceitos usados na compreensão e análise científica que acho importante realçar: correlação e causalidade Correlação significa que após uma investigação encontrou-se uma relação entre dois aspetos ou factos. Causalidade significa que um desses aspetos é o que causa o efeito observável no outro. Um exemplo para esclarecer: está provado cientificamente que existe uma correlação entre o número de igrejas num concelho e o número de assaltos anuais nesse concelho, ou seja, onde existem mais igrejas existem mais assaltos! Mas isto não signfica que os fiéis são os responsáveis por um maior número de assaltos.

A causa deste número elevado de assaltos está relacionado com o facto de as regiões mais populosas terem por um lado mais igrejas (para terem capacidade de receber mais fiéis) e mais assaltantes devido a terem maior população. Neste exemplo a causalidade (para a existência de mais igrejas e número de assaltos) é o facto de existir uma densidade populacional mais elevada. Não são as igrejas de todo que causam a violência (risos).

O que a investigação tem vindo a demonstrar relativamente a filmes mais violentos é que de facto existe uma correlação entre a visualização destes e a prática de violência pelos consumidores, no entanto, os estudos também demonstram que não se trata de uma casualidade, ou seja a visualização destes filmes não transforma pessoas adultas em mais violentas. Esta correlação existe em parte porque pessoas que apresentem já por si uma natureza mais agressiva têm uma maior tendência em procurar assistir a filmes com um cariz mais violento porque se identificam com a violência em si e não propriamente com a mensagem que o filme quer passar.

Ou seja, uma pessoa adulta não se tornará violenta por causa de filmes porque possui a capacidade de distinguir o que é real de irreal e aquilo que acredita ser correto. No entanto, acho importante fechar este tópico realçando que quando se trata de crianças é necessário ter atenção extra ao conteúdo que estas consomem na media (televisão, videojogos, filmes, etc.) visto que estas, contrariamente aos adultos, têm maior susceptibilidade de absorverem e replicarem aquilo que observam.

É possível fazer proveito da arte como uma forma de terapia? Em caso afirmativo, é uma forma que aplicas ou pretendes aplicar no teu percurso profissional?

R: Sim, é possível. Existem várias formas, nomeadamente a biblioterapia. Nesta, depois de o terapeuta ler diversos livros de auto-ajuda, e de percever se são de indole psicológica, aconselha a leitura dos mesmos aos pacientes caso estes se adequam ao seu caso. Nós profissionais temos várias funções em terapia e uma delas é aumentar o nível de conhecimento do cliente em relação à patologia que tem ou ao problema que ele nos apresenta.

Aqui a biblioterapia é uma ótima ferramenta para fazer isso fora do espaço da sessão, de maneira a que o cliente quando está na sessão tenha o tempo todo para falar e estudar os seus problemas e depois em casa ser tudo mais fundamentado o conhecimento teórico, que depois pode voltar a ser comentado nas sessões seguintes da terapia. Também existe a musicoterapia, que é algo que nunca fiz, mas no fundo é a utilização da música para ajudar a pessoa a lidar com estados de espírito.

Além disto, é ainda possível usar filmes que tenham um cariz terapêutico ou que permitam aprender algo científico com a sua visualização. Lembro-me quando ainda estava a estudar de existir um grupo de psicoeducação onde os membros utilizavam vários filmes, seja com atores ou cartoons, para ajudarem a transmitir certas mensagens às crianças, fazê-las pensar sobre temas, perguntar o que elas acharam ou demonstrar conhecimentos que sejam importantes. Com isto era suposto elas melhorarem a aprendizagem porque o filme é algo que de facto prende muito a atenção, principalmente nas crianças.

Lembro-me ainda de um vídeo interessante que pode elucidar como podemos aprender com filmagens, acho que não chega a ter um minuto, trata-se de um carro que se está a deslocar e no fim pergunta-se à audiência quem é que ia a conduzir. Muitas pessoas dizem que é um homem ou uma mulher mas na verdade não ia ninguém a conduzir, o carro estava a conduzir em modo automático. A visualização deste filme permite provar experiencialmente uma tendência humana de completar informação com aquilo que achamos que é lógico, mas não necessariamente verdadeiro.

Apesar de não ser algo a que recorra muito, os filmes/vídeos podem ser usados para obter resultados terapêuticos. Um filme pode produzir relaxamento por ser calmo, outro pode reproduzir a sensação de amor, carinho ou entreajuda do ser humano, outro ainda para desenvolver a criatividade, ou como demonstrado anteriormente para transmitir conhecimentos científicos. Por vezes a pessoa pode até estar reprimida e precisar de chorar, há certos filmes que nos fazem libertar nesse sentido. Ou até pela simples diversão. Tudo depende do caso e da necessidade.

Quais são os ramos da psicologia que mais te fascina e em qual é que te vês a trabalhar no futuro?

R: Há três grandes ramos que gosto muito. O ramo da psicologia clínica, que talvez seja o preferido dos três, mas o tempo o dirá! (risos). Isto porque gosto muito de ver os casos das pessoas, perceber o porquê de elas serem como são, as nuances, os pormenores que às vezes escapam mas que são tão importantes para a nossa interação com as pessoas ser como é, sentirmos o que sentimos. Descobrir estes pormenorzinhos fascina-me e ao mesmo tempo gosto de ajudar as pessoas.

Acho que é um papel importante e que nem sempre é fácil mas de facto é ótimo sentir que a pessoa sai da terapia melhor. Ver a pessoa a recuperar a sua alegria, a aprender, a desenvolver-se… É verdade que a maior parte do trabalho parte do próprio cliente. Eu sou só uma fonte de apoio, quem ajuda a pessoa a pensar, quem faz com que a parte mais racional venha ao de cima e que muitas vezes dá a sua opinião profissional e fala de outros aspetos. Mas mesmo assim é gratificante vê-la a melhorar e saber que uma pequena parte daquela melhoria se deve ao trabalho realizado.

Depois também gosto muito da área de investigação científica de Psicologia, onde se estuda o comportamento humano mas mais para percebê-lo e para depois tentar arranjar meio de aplicar os novos conhecimentos nos restantes ramos da Psicologia. E isto é fundamental porque o ser humano é um bicho muito complexo. Há muita coisa que ainda não compreendemos então é fascinante para mim estudar essas questões. Adorei o tempo que passei num laboratório comportamental, a pensar como é que iria testar um comportamento, como é que iria perceber se aquilo seria o que estava a hipnotizar ou não.

É uma área gratificante porque acaba por contribuir para todas as outras. O terceiro e último ramo está ligado à área do ensino, tanto em adultos como em crianças. É também muito gratificante porque ajudamos as pessoas a compreender o comportamento humano, o trabalho em equipa – que também é muito solicitado. Se me permites, é algo que também exige uma certa arte! (risos). Lidar com a aprendizagem e a maneira como esta se compõe.

De momento estou a trabalhar na Associação 5 ao Dia, na região de Braga, onde se fazem sessões duas vezes por semana com crianças do maioritariamente do quarto ano. Falamos de bons hábitos alimentares, chamamos à atenção para comportamentos, fazemos uma série de atividades com eles desde a confeção de saladas de fruta à visualização de filmes, passando por jogos didáticos que os ajudam a aprender sem perder a concentração.

Portanto esta parte ligada ao ensino faz-me sentir mais completo. Além disso, estou a trabalhar na instituição SClinica, em Barcelos, onde pertenço à equipa de psicólogos que tratam diversas perturbações, sendo que as nossas especialidades neste momento são terapia de casal, terapia com crianças, terapia de perturbações de humor como depressão, ansiedade, fobias e transtorno obsessivo-compulsivo.

Quanto ao futuro, quero continuar a trabalhar em psicologia clínica porque sinto que é a que me preenche bastante a alma. É divertido e ao mesmo tempo é um trabalho bastante importante. Vou continuar sempre a investir e a aprender cada vez mais, porque a vida é isso mesmo, uma aprendizagem contínua, mesmo para o profissional.

Contactos da Clínica / Informações

SClinica

Rua nova edifício serafim carvalho, loja 14, 4775-269 Viatodos

Telefone: 252961638

Email: GERAL@SCLINICA.PT

Bernardo Freire

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