Busco o interior
No lugar obscuro
Simples
Mas discreto
Da existência
A felicidade não é
Um mar de pétalas
Mas um jardim
Infinito
De sonhos
Encontra na razão
O âmbito mais
supremo
Para não ser
Senão real
Amar
É ter Arte
Pela Arte
De ser feliz
É saber sonhar
Sorrindo
Para a inexistência
Para o interlúdio
Para o limbo
Da finitude
Mas
Não há mas
Para o que é
Demasiado puro
Para ser
Único
Autêntico
E subtil
Porque as subtilezas
da vida
São a utopia do
verdadeiro
Sentido humano
Aquele onde
Todos nós
(Nos) Encontramos
(Sob) O fogo
Da emoção
Sorrir é
Tudo menos
Não sonhar
(…)
Pintura de Théo van Rysselberghe, “The Beach at Ambleteuse at Low Tide” (1900)