A Literatura é património de cada país (num sentido mais lato, do mundo), que é no fundo uma homenagem com um talento, ou uma junção de talentos. Porque é que ela é assim tão importante? É porque nos permite mudar, ou reformular, mentalidades? Ou é também porque nos permite perceber o porquê de ser a criatividade, a inovação e o conhecimento a mudarem o mundo?
A Literatura existe para espalhar visões, experiências, tudo isso em linguagem fragmentada ou “romantizada”. A junção das obras espelha no fundo o carácter do autor, do escritor, que além disso é, como todos, um ser com vontades, anseios, medos e forças. Uma delas é o seu talento para contar histórias. Todos os bons escritores são, em primeiro lugar, bons contadores de histórias. É verdade que uns caem na desgraça e no seu profundo “desmaio” para com a vida (desalento, apatia), mas tudo isso resulta porventura, da sua profunda lucidez, anormal quando confrontada com o senso-comum. É isso que define um génio: a sua lucidez, mas também a sua capacidade para pensar fora da caixa.
Onde entra o leitor? Entra precisamente nessa tentativa de descodificar a essência literária e lírica daquilo que se quer contar, quer seja em prosa ou poesia, o que importa é o querermos dizer algo, apreender e aprender algo com aquilo que lemos, vemos ou ouvimos — mesmo que metaforicamente. Não há Literatura sem leitores. Não há a capacidade para espalhar conhecimento sem auditório, mas claro, tudo começa no maestro, naquele que pensa o mundo e o vê de maneira diferente.
A Literatura é um espaço intelectual para emergir quando a vida nos aborrecer. Quando quisermos aprender a sonhar com algo mais, mergulhar nas páginas, deliciosas, de um novo alento… Isso é arte, e viver.
Uma porta para um novo mundo, cheio de significância, cheio de metáforas belas que só o olhar atento consegue entender e sorrir para com a descoberta, para com a elevação (catártica) da existência.
A Literatura serve, essencialmente, para sonhar. Com um amanhã melhor? Sempre.
Boas leituras.