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Porque A Arte Somos Nós

Esta lista foi elaborada pela Ultimate Classic Rock e faz uma pequena retrospectiva de quais foram os 10 melhores trabalhos do ano 2000. Entre eles estão bandas como os U2 e os Iron Maiden, tal como artistas a solo, alguns velhos conhecidos, como Paul Simon ou Neil Young. Aqui vai:

10.º “Ten13”, Sammy Hagar

Depois do álbum de 1999, “Red Voodoo”, em conjunto com os “The Waboritas”, o Red Rocker quis fazer uma pausa do seu estilo de música mais descontraído, para assim voltar a um riff rock mais optimista que faz lembrar o seu passado com os Van Halen. Shaka Doobie (The Limit), Let Sally Drive e 3 in the Middle trazem de volta o melhor do músico norte-americano. Já Serious Juju e, em particular, The Message, mostram que Sammy Hagar nunca parou de aprender truques novos.

Sammy Hagar – Tropic Of Capricorn

9.º “You’re The One”, Paul Simon

Desde o seu álbum “Bookends” (1968), com Art Garfunkel, até ao seu projecto a solo mais conhecido, “Graceland” (1986), Paul Simon sempre mostrou ser um músico ‘querido’ entre os críticos, mas isto também devido à sua ambição. Em “You’re The One” não é diferente. Este projecto em estúdio mais directo valeu ao músico norte-americano a nomeação para o Grammy de Álbum do Ano, em 2001, tornando-se assim o primeiro artista a ser nomeado em cinco décadas seguidas. Para além de Paul Simon, participaram neste projecto 19 músicos. Aqui podemos encontrar músicas como The Teacher, That’s Where I Belong ou Love.

Paul Simon – You’re The One

8.º “Stiff Upper Lip”, AC/DC

Os AC/DC mudaram a sua forma de trabalhar. Desde a morte de Bon Scott em 1980, desde todos os anos ser editado um LP durante a primeira década de vida da banda, chegando até “Stiff Upper Lip”, o terceiro trabalho no espaço de 10 anos. A génese da banda está bem presente neste seu 14.º álbum de originais, com um som inconfundível em músicas como Safe In New York City, Satellite Blues, ou Stiff Upper Lip. Este foi produzido por George Young, o irmão mais velho de Angus e Malcom, o que terá ajudado a fazer desta obra uma entrada no novo milénio ‘à moda antiga’.

AC/DC – Stiff Upper Lip

7.º “Brave New World”, Iron Maiden

Após oito anos e dois álbuns sem Bruce Dickinson, o cantor volta à banda com o guitarrista Adrian Smith à boleia, abrindo assim uma nova era na história da banda britânica. Este retorno parece ter dado nova vida à banda, e isso é bem notório no single The Wicker Man. Nem todo o álbum mantém uma consistência típica dos trabalhos anteriores dos Iron Maiden, contudo destacam-se também músicas como Blood Brothers, ou a que dá o título ao álbum, Brave New World.

Iron Maiden – The Wicker Man

6.º “Resurrection”, Halford

Supostamente o melhor álbum de Judas Priest que nunca foi lançado pela banda, mas que chegou com o seu carismático vocalista a solo. Rob Halford, que abraçou o puro heavy-metal, entrou no novo milénio em grande forma. Night Fall faz lembrar uma música de Priest, sendo que Drive e Saviour são como que um resgate da velocidade e agressividade da era de “Painkiller” (1990).

Halford – Night Fall

5.º “Life’ll Kill Ya”, Warren Zevon

Humor e uma honestidade brutal são características que marcam o trabalho de Zevon, e essas mesmas características estão em grande destaque em “Life’ll Kill Ya” – principalmente na última faixa da obra, Don’t Let Us Get Sick. Após este trabalho, o músico norte-americano completou a trilogia com os álbuns “My Ride’s Here” (2002) e “The Wind” (2003), acabando a sua carreira ‘em alta’.

Warren Zevon – Don’t Let Us Get Sick

4.º “Two Against Nature”, Steely Dan

Independentemente dos trabalhos a solo por parte de Donald Fagen e Walter Becker nas décadas de 1980 e 1990, os Steely Dan sempre foram uma banda ambiciosa e diferente, contudo esta nova reunião em estúdio revelaria uma química diferente entre os dois músicos. Ambos com créditos a nível individual, “Two Agains Nature” é um álbum de retorno – no melhor sentido da palavra – e superou as expectativas. É uma espécie de junção de trabalhos como “Countdown to Ecstasy” (1973) e “Aja” (1977), demonstrando assim umas das melhores inclinações musicais dos Steely Dan para novas gerações – como exemplo temos as músicas What a Shame About Me ou Janie Runaway.

Steely Dan – What A Shame About Me

3.º “Live At The Greek”, Jimmy Page & The Black Crowes

Esta colaboração foi algo que sempre interessou Jimmy Page, o icónico guitarrista dos Led Zeppelin, tendo em conta o seu amor pela música, principalmente pelas raízes blues que tão claramente inspiravam os Black Crowes. A sonoridade dos Crowes foi sempre associada a bandas como, para além dos próprios Zeppelin, Rolling Stones ou Faces. O projecto funcionou perfeitamente, como podemos ouvir neste álbum. Aqui encontramos músicas como In My Time Of Dying, Whole Lotta Love ou Shapes Of Things.

Jimmy Page & The Black Crowes – In My Time Of Dying

2.º “Silver & Gold”, Neil Young

A atmosfera despojada deste álbum, incluindo o som da harmónica e os vocais de Emmylou Harris e Linda Ronstadt, veio reavivar o espírito caloroso de “Harvest” (1972), um dos seus álbuns mais bem sucedidos. Conseguir uma sensação consistente ao longo da obra foi outro grande feito, tendo em conta o cenário em que este álbum nasceu. Este é composto por músicas que Neil Young foi deixando de parte ao longo dos anos, à imagem do que os Rolling Stones fizeram com “Tattoo You” (1981). Buffalo Springfield Again, Razor Love e Silver & Gold são um exemplo.

Neil Young – Silver & Gold

1.º “All That You Can’t Leave Behind”, U2

Ao fim de uma década de experimentações, que vai desde “Zooropa” (1993) a “Pop” (1997), sendo que este último foi um fracasso comercial, os U2 decidiram voltar a um som mais limpo e ao que sempre os diferenciou do resto. Com “All That You Can’t Leave Behind” a banda voltou ao sucesso comercial, com músicas como Beautiful Day, Elevation, Stuck In A Moment You Can’t Get Out Of ou Walk On. O álbum ganhou ainda mais mediatismo após o 11 de setembro de 2001, sendo que algumas das músicas foram adaptadas como hinos num planeta ferido. Um marco importante no regresso dos U2 às suas origens.

U2 – Walk On

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