Como o definir
Onde o procurar,
Como me abrir
Para o encontrar.
Como caracterizar algo tão profundo
Que, por vezes, parece perdido,
Ou então desconexo
Com o orgulho ferido
A prender-nos neste complexo.
Qual pequeno explorador
Tentando encontrar terra firme,
Pode até se perder
Mas não desiste, nem dorme,
Sem a sua finalidade acontecer.
Qualquer que seja o caminho ou rota
Que estamos destinados a percorrer,
Se seguirmos o que nos diz o coração
Tudo se há de resolver.
Mais tarde ou mais cedo,
As barreiras irão ceder,
Para o nosso verdadeiro amor
Acabarmos por conhecer.
Pode ser hoje, amanhã,
Ou daqui a algum tempo
Estas questões não têm prazo
Mas não podem ser apressadas,
Senão podemos acabar com pessoas diferentes
Das que nos estão destinadas.
Com a tristeza no olhar
E a reflectir no nosso erro,
Mas com muita coragem e convicção
Podemos atingir um novo termo.
Mudando o rumo da história
Que acabará por nos levar,
A chegar até à pessoa
Com quem devemos ficar.
Bem sei que sobre este assunto existem inúmeras opiniões,
Mas, para mim, é apenas uma questão
De ouvirmos os nossos corações!
Contudo, convém não esquecer
Paulatinamente e após várias reflexões,
Que o amor precisa de companhia
Não podemos “amar pelos dois”.
Pintura de John William Waterhouse, “Lamia” (1849/1917)