OBarrete

Porque A Arte Somos Nós

Vezes há em que me sento,

Sem saber o que escrever

Sem qualquer inspiração,

Mas ela lá acaba por aparecer.

Não sou escritor,

Mas sinto profundamente as coisas.

E quando acontece algo peculiar,

Logo foco o meu olhar

E deixo as coisas fluir,

De forma a tentar colocar

Os outros a sorrir.

Então e eu,

A quem se não eu

Devo dar maior atenção.

Até porque, no final,

Serei eu a lavar

As feridas do meu coração.

Às vezes, porém,

Ponho-me a questionar.

Qual o sentido desta nossa epopeia

Cheia de peripécias,

Qual erupção que destruiu Pompeia,

Num turbilhão de sensações

Capaz de ultrapassar toda a possível apneia.

Pedro Maia

Pintura de Edward Hopper, “Sol da manhã” (1952)

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